Adeus, 2015! Confira lista de quem deixou de ser vendido no país neste ano que se encerra hoje!


 O mercado brasileiro até que perdeu poucos automóveis no ano de 2015, apesar da crise que afetou o setor automotivo em cheio. No total foram treze se despedem de 2015 como descontinuados. Quando comparado ao ano de 2014, quando mais de 15 foram descontinuados. Confira abaixo a nossa já tradicional postagem de 31 de Dezembro que celebra os automóveis que deixaram de ser vendidos no Brasil.


  • Chery Face



Lançado em 2010, o Chery Face foi o primeiro veículo de sucesso da Chery, que conseguiu emplacar mais de 700 unidades mensais em seu auge no mercado brasileiro. Mas um erro estratégico pode colocar o hatch "altinho" em uma situação bem complicada. Isso porque o Face pode dar adeus ao mercado brasileiro até o final de 2015. Sem produção uruguaia depois do fim da Chery-Socma, o Face deve sobreviver a base de unidades de estoque, uma vez que a Chery fica na dúvida de trazer o modelo da China. Isso porque ele competiria com o New QQ, que custa R$31.990 e o Face certamente não teria espaço como antes. Com preço de R$29.990, o Face foi o primeiro chinês com motor Flex, o 1.3 16v Flex, que desenvolve 91/90cv de potência e torque de 13,2/13,1kgfm, acoplado a um câmbio manual de 5 marchas. O Face ainda pertence a antiga fase da Chery, de carros mais "problemáticos", que não consegue se manter junto aos atuais, que passam maior confiabilidade.


  • Chevrolet Celta



Talvez a principal perda de 2015. O Celta é um dos automóveis que marcaram a Chevrolet do Brasil. Lançado em 2000, o projeto "Arara Azul" chegou ao mercado como um "substituto" do Corsa Wind, que resistiu por alguns anos a mais, até que em 2002 o Corsa subiu de vida. Muito bem recebido, o Celta se tornou um dos maiores sucessos da Chevrolet nesses últimos 15 anos, mas que ultimamente tem feito a Chevrolet pensar muito sobre sua existência. Baseado na plataforma do Corsa B, de 1994, o Celta é um dos poucos carros da Chevrolet que não aderiram a plataforma GSV, até porque ele sempre se manteve nessa geração desde que foi lançado. Fabricado em Gravataí (RS), o Celta era um dos carros mais velhos do atual portfólio da GM, e que deveria receber uma nova geração em breve, para rivalizar com o Volkswagen up!, possivelmente em 2016. Porém, parece que a Chevrolet resolveu engavetar o projeto de um substituto do Celta e o Onix passa a ser o automóvel mais em conta da marca norte-americana no Brasil. Com mais de 1,5 milhão de unidades produzidas, o Celtinha tem um lugar reservado no hall dos automóveis mais vendidos do país.


  • Effa M100



A Effa desistiu de seu único carro no mercado brasileiro. Também pudera. O Effa M100 chegou ao Brasil em 2007, mas só começou a ser vendido um ano depois, em 2008. As primeiras unidades sofreram com corrosão e tinham partes com ferrugens, segundo relato dos primeiros proprietários. Com o face-lift, a história mudou e o M100 ganhou melhorias, mas estas ainda poucas para torná-lo "aceitável". Os consumidores sempre reclamam de sua estabilidade, por ser alto e estreito, fator que se tornou crucial para  a revista Quatro Rodas interromper o teste de Longa Duração da minivan em 2009, por falta de segurança. Atrativo, o M100 tinha os principais itens de série que a maioria dos automóveis não tinha, ainda mais quando comparado a seu preço, R$25.900. Tinha ar-condicionado, direção elétrica, travas elétricas, rádio AM/FM, vidros elétricos dianteiros e traseiros, faróis de neblina, rodas de liga leve entre outros. O motor era o fraco 1.0 8v a gasolina que entregava 47cv de potência com torque de 7,3kgfm, o automóvel menos potente do mercado brasileiro.

  • Effa Plutus


A Effa foi muito discreta em lançar a picape Plutus no mercado brasileiro. Sem fazer alarde, a marca chinesa lançou no Brasil em 2011 a Plutus, uma picape média, que logo logo será a picape média mais barata no Brasil. O modelo era movido a Diesel, e chegou na época por R$62.900 em versão única, e só a Cabine Dupla. A picape tem apenas 103cv, mas um Diesel pode ajudar um pouco. O modelo tem visual, muito parecido com a americana Colorado antiga. A Plutus chegou bem recheada, mas peca muito em não trazer nem ABS e nem AirBag como opcional e se viu obrigada a trazer a partir de 2014. O interior tinha um desing agradável aos olhos, e tem acabamento em preto, e não é completamente bege, como outros chineses. Já vinha com Ar Condicionado, Direção Hidráulica, Vidros e travas elétricas entre outros itens de série. Saiu de linha assim como foi lançada. Sem chamar atenção.


  • Land Rover Defender



Depois de 67 anos, a Land Rover enfim coloca um fim em um dos maiores guerreiros do mercado mundial. Depois de muitas trilhas, caminhos difíceis pelo mundo, finalmente o Defender se aposentou. A produção do Defender deve parar em Janeiro de 2016 e para marcar o fim da fabricação do icônico jipe, a Land Rover deve lançar uma série especial para o modelo se aposentar. Produzido desde 1948 que inclui três versões, cada uma com detalhes exclusivos e que remetem à longa e bem sucedida história do utilitário. O fim de Defender deve marcar o fim de uma fase da Land Rover, já que o modelo é um dos mais longevos da história automobilística mundial. Porém a volta do Defender está marcada para 2018, em uma nova geração totalmente revista, mas ainda assim com estilo parruda e com tudo pronto para fazer mais trilhas pelo mundo. Nesse caro, é um até breve para o Defender.


  • Mahindra MOV e Scorpio



A marca indiana que sonhava grande, queria expansão seu portfólio no Brasil e acreditava que este seria um bom mercado para crescer, sai de cena no Brasil. A Bramont confirmou o fim das operações da Mahindra no Brasil, decretando o fim de linha de Scorpio e MOV. Ambos os modelos começaram a ser montados em Manaus/AM em 2007. Desde então pouco mais de 4.000 unidades foram fabricadas, sendo que essa era a estimativa anual da Bramont. Devido as condições do mercado brasileiro nos últimos tempos e a desvalorização do real, a operação foi encerrada. O custo era alto para a marca indiana, que tinha que pintar as carrocerias em Pouso Alegre/MS e de á mandá-las para Manaus, onde seriam montados a parte do chassi, motor e transmissão. Além disso, era necessário uma viajem cansativa de balsa até Belém e o caminho inverso era feito com os veículos já prontos, que depois seguiam para distribuição através de Uberlândia/MG.



  • Mercedes-Benz CLS Shooting Brake



E mais uma station deu adeus ao mercado brasileiro. Trata-se da Mercedes-Benz CLS Shooting Brake, que deu adeus ao mercado brasileiro em Janeiro de 2015, saindo do país de forma muito silenciosa. Lançada aqui em Fevereiro de 2014, a CLS Shooting Brake tinha sido lançada apenas na versão topo de linha, a AMG.  Chegando em versão única, a 63 AMG, a CLS Shooting Brake chegou com motor 5.5 V8 capaz de desenvolver 557cv de potência, com preços que chegavam perto da casa dos R$600.000 (R$599.950), pouco mais de R$2.000 mais cara que o sedã, com o mesmo motor. Uma das mais belas stations já fabricadas, a CLS Shooting Brake ainda é raridade, pois vendeu cerca de 13 unidades em 2014 (5% das vendas do CLS). O motor 5.5 V8 que rende brutos 557cv de potência e um torque admirável, junto com o câmbio de transmissão esportiva AMG SPEEDSHIFT MCT com sete marchas que enviar toda a força para a tração integral 4MATIC. E como fica o desempenho? Bom é melhor que o de muitos superesportivos, com máxima de 280km/h e 0 a 100 em 3,8 segundos, o que não é nada mal para um carro com mais de 2 toneladas. A suspensão esportiva AMG RIDE CONTROL faz o carro ser confortável e estável a qualquer velocidade, assim como o controle de estabilidade com três estágios.


  • Nissan Livina



A Nissan decretou oficialmente o fim de linha da sua representante familiar, Livina e Grand Livina. A minivan compacta da Nissan foi lançada em Março de 2009, com produção em São José dos Pinhais (PR). Como forma de combater o Honda Fit, a Nissan foi feliz com a Livina e Grand Livina, mas nos últimos tempos o modelo se tornou obsoleto e perdeu em vendas para novidades, como a nova geração do Honda Fit e a Chevrolet Spin, novata no segmento. Vendida com carroceria de 5 ou 7 lugares, a japonesa não deve substituir a Livina pelo Note, como foi divulgado anteriormente. A Livina e a Grand Livina sai de linha sem substitutos. Segundo o comunicado do fim de linha da Nissan, "Após sete anos de sucesso no mercado brasileiro, com mais de 65 mil unidades comercializadas, sete prêmios de melhor monovolume e melhor compra pela imprensa especializada, as Nissan Livina e Nissan Grand Livina deixam de ser comercializadas no país. A Nissan agradece todos os clientes pela preferência e confirma o compromisso de manter o mesmo padrão de pós-venda com qualidade japonesa fabricado no Brasil – tanto em produto - como em serviços - disponível para todos os seus automóveis.", finaliza.


  • Citroën C3 Picasso



A versão civil do C3 AirCross também deixou de ser produzida em Porto Real (RJ). A minivan compacta não resistiu as baixas vendas. Lançada em 2011, a C3 Picasso chegou alguns meses depois do C3 AirCross mas sempre com vendas tímidas. A C3 Picasso era oferecida no Brasil com motores 1.5 8v Flex e o 1.6 16v Flex, com opção de câmbio manual de 5 marchas ou automático de 4 velocidades. Com design ousado, a C3 Picasso vinha bem equipada e tinha preços competitivos, mas nunca surtiu efeito nas suas vendas. A minivan tinha um design marcante e a Citroën esperava fazer dela uma substituta da Xsara Picasso, que teve bastante sucesso no Brasil no início desse século. Porém a irmã mais nova não teve a mesma sorte. Ela foi substituída pelo irmão C3 AirCross, que ganhou um face-lift de meia-vida e ficou mais em conta e perdeu o estepe na versão mais básica para substituí-la. Nesses quatro anos de mercada foram menos de 20.000 unidades da C3 Picasso.


  • Land Rover Freelander



Substituído pelo Discovery Sport, o Freelander, utilitário esportivo mais em conta da marca inglesa no Brasil já não tinha o mesmo impacto de vendas que antes. Há um bom tempo sem novidades no design, o Freelander sobreviveu apenas a face-lifts e novos motores, que faziam o consumidor ainda se interessar pelo Freelander. Mas, desde a chegada do Range Rover Evoque, suas vendas entraram em decadência ano após ano. Aos poucos o utilitário foi sendo esquecido nas concessionárias e passou a ocupar um lugar mais escondido nos showroons da Land Rover. Vendido por R$165.900, o Freelander vinha bem equipado e era vendido com motores a gasolina e a diesel, sempre com câmbio automático. Seu substituto, o Discovery Sport, lançado em Março desse ano e futuro nacional, já mostrou a que veio e em seu ano de estreia já vendeu mais de 2.000 unidades, mostrando que a Land Rover estava certa em substituí-lo.


  • Peugeot 308 CC



Lançado no Brasil em Setembro de 2012, o 308 CC deixou o mercado brasileiro em 2015, já que o conversível não é mais produzido na França desde 2014. O modelo, no qual chegou ao mercado para ser um modelo de imagem, nunca vendeu bem, nem mesmo a Peugeot queria isso, já que a meta de vendas era de 15 unidades mensais. No Brasil, o 308 CC era oferecido pela marca francesa pelo preço de R$142.290. Assim como todo modelo importado do Grupo PSA, o modelo conta com motor 1.6 THP que desenvolve 165cv de potência com torque de 24,5kgfm, acoplado a um câmbio automático de 6 velocidades. Para os consumidores que namoram o conversível deverão ir atrás de alguma unidades em alguma concessionária, já que o estoque deve ser bem limitado, pois vinha poucas unidades do Brasil. O modelo tem como itens de série, 6 airbags, ESP, ASR, freios ABS, AFU, luzes diurnas de LEDs entre outros. O modelo deve receber uma nova geração na Europa, baseada no novo 308, correndo o risco de não chegar ao Brasil.


  • Volkswagen Passat Variant



Presente no Brasil desde 1995, a Passat Variant é outra station que deixa o mercado brasileiro. A versão mais familiar do Passat parece ter deixado de fato o mercado brasileiro. Isso por que a nova geração do Passat foi lançada apenas na carroceria sedã. A SW do Passat era vendida com motor 2.0 TSi que desenvolvia 211cv de potência com torque de 28,5kgfm acoplado a um câmbio automático de 6 velocidades. Vendida em versão única, a Passat Variant não vendia como antes. Com o preço de R$137.900, era possível comprar uma Audi A4 Avant, Volvo V60 e juntando um pouco mais, a novata Mercedes-Benz Classe C Estate e a recente Subaru Outback, modelos de maior prestígio e que trazem maior destaque nas ruas. A Passat Variant está no fim de suas últimas unidades assim como a antiga geração do sedã, isso por que a nova começa a ser vendida em Janeiro.

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