Adeus, 2016! Confira lista de quem deixou de ser vendido no país neste ano que se encerra hoje


O ano de 2016 marcou o fim de linha de três automóveis muito conhecidos da maioria dos brasileiros: Chevrolet Classic, Fiat Siena EL e Renault Clio. Ambos produzidos desde os anos 90, o trio marcou o ano de 2016 nas despedidas e lembrou muito o ano de 2013, quando automóveis antiquados também deixaram de ser produzidos em massa.

Chevrolet Classic
A Chevrolet retirou o sedã popular de linha, que foi produzido primeiro no Brasil e depois teve sua produção transferida para a Argentina. Derivado ainda da primeira geração do Corsa Sedan, ele foi lançado em 1996 e chegou a ver o nascimento e a morte de seu substituto, o Corsa Sedan, que foi vendido entre 2002 a 2012. Durante muitos anos o Classic foi o Chevrolet mais vendido do mercado brasileiro. Porém com o tempo nem seu bom custo/benefício consequia trazer novos consumidores. E, desde a chegada da nova família de compactos as vendas do Classic nunca mais foram as mesmas. Desde Janeiro o Classic emplacou 10.023 unidades, sendo 1.728 unidades em Julho. Ele era vendido com motor 1.0 8v Flex que desenvolve 80/78cv de potência com torque de 9,9/9,5kgfm e um câmbio manual de 5 marchas. Entre os itens de série, o Classic só recebeu direção hidráulica, conta-giros no painel e desembaçador traseiro apenas na linha 2016, apresentada em 2015. O sedã popular passou por sua primeira mudança visual em 2000, mas a mudança mais significativa veio em 2011 com o face-lift, que o deixou igual ao modelo chinês.

Renault Clio
Chega o fim de linha o Renault Clio na fábrica argentina de Córdoba. Segundo informações oficiais do site CarsDrive, os funcionários posaram ao lado da última unidade produzida, de número 549.948. Com a apresentação do Renault Kwid prevista para o Salão do Automóvel de São Paulo de 2016, o Clio já não tinha pique de vendas para se manter no portfólio e foi substituído pelo novo hatch. Enquanto a Europa já conhece a quarta geração, o Clio brasileiro ainda resiste na segunda. Vendido por aqui desde 1998, foi destaque ao oferecer na época o duplo airbag de série em todas as versões. Modelo que já chegou a ter até motor 1.6 e bom pacote de equipamentos, só é vendido com o 1.0 de 4-cilindros e 16 válvulas com itens básicos, como ar-condicionado e direção hidráulica. Modelo da segunda geração, o compacto europeu chegou ao Brasil em 1999, sendo feito junto com a minivan Scénic, estão assim em sintonia com a Europa. O airbag duplo de série chamava a atenção na época. Aqui, o Clio teve motores 1.0 8V, 1.0 16V, 1.6 8V e 1.6 16V. O primeiro facelift ocorreu em 2003, quando ganhou o visual europeu e assim pôde reforçar sua posição diante dos rivais nacionais. Ganhou uma versão sedã inédita e teve versões com duas ou quatro portas. Com o passar dos anos, o Renault Clio foi perdendo versões e equipamentos até ser quase que completamente limpo no facelift promovido em 2012, onde a marca francesa apostou na personalização e no baixo consumo para vender o modelo, já bem desatualizado.

Fiat Siena EL
O sedã popular da marca italiana deixa de ser produzido em Betim (MG) depois de 19 anos de produção. Na verdade, segundo o site Autos Segredos, a Fiat não produz mais o Siena EL desde Março, mas a Fiat passou a não aceitar mais pedidos para o sedã nos últimos dias. Consultada, a marca italiana confirmou o fim de linha do Siena EL. No site da marca ele ainda continua sendo oferecido e as últimas unidades do estoque devem ser liquidadas até o final desse ano. O Siena EL nada mais é que a primeira geração do sedã apresentada em 1997 e depois de vários face-lifts e upgrades, chegou ao modelo que era vendido até então. Desde a apresentação da segunda geração do Siena em 2012 que o modelo de acesso começou a perder espaço e nos último mês não passava das 1.000 unidades comercializadas. Segundo a Fiat, o Siena EL representava 30% das vendas do sedã. O EL era vendido com preços que ficavam entre R$36.800 a R$39.610 com motores 1.0 e 1.4 8v Fire Flex respectivamente. Ao longo de seus 19 anos de produção, o Siena teve quatorze versões, seis opções de motor e três de câmbio. No site da Fiat, o histórico de produção do modelo está atualizado somente até 2013. De 1997 até 2013, o Siena teve 1.051.082 unidades vendidas e 831.876 unidades produzidas no Brasil. Vale ressaltar, que durante alguns anos o modelo também foi produzido na Argentina.


Peugeot RCZ
A Peugeot retira de linha mais um de seus automóveis importados no mercado brasileiro. Depois do 308CC ser retirado de linha em 2015, chega a vez do RCZ deixar de ser oferecido no mercado brasileiro. O coupé de linhas musculosas nunca foi um sucesso de mercado e estava no line-up da Peugeot como um carro de imagem, para refinar a imagem da marca do leão. Lançado em 2010 no Brasil, o RCZ recebeu sua última atualização em 2013 quando recebeu algumas novidades no visual como novos faróis, grade, para-choque dianteiro e traseiros, rodas e capô. Bem equipado, o RCZ conta com: novo kit multimídia WIP NAV, com GPS integrado ao painel de tela multifunções de 7 polegadas rebatível eletricamente, em cores e de alta resolução. Conta também com WIP Sound (rádio CD player com leitor de MP3), WIP Plug (conexão USB / iPod + entrada auxiliar), WIP Bluetooth (kit mãos livres),  comando de rádio na coluna de direção e sistema de som de alta fidelidade Hi-Fi JBL, com amplificador de 240W e seis alto-falantes, entre outros. O motor era o competente 1.6 THP de 165cv de potência com torque de 24,5kgfm, acoplado a um câmbio automático de 6 velocidades. O preço era de R$155.090 e algumas unidades ainda restam em estoque.

BMW Z4
Em anúncio realizado recentemente, a própria BMW confirmou o encerramento da produção de seu roadster ainda em 2016, mas soube-se que será neste próximo mês de Agosto. Com sete anos e meio de mercado, o Z4 já está longenvo no mercado e ganhou um face-lift tão discreto que não ajudou muito no rejuvenescimento de suas linhas. A notícia pegou em cheio os fãs da marca e do esportivo alemão. Piorou ainda mais para eles quando a BMW disse que ainda não haverá um substituto imediato. O novo membro da família "Z" da BMW deve ser lançado em meados de 2018 e será o Z5. Este por sua vez deve ser maior, mais potente e mais caro. Ele surge em parceria com a Toyota e seu projeto é tocado há 2 ou 3 anos. Pelo lado da Toyota deve gerar a nova geração do Supra. Detalhes mecânicos ainda são pouco conhecidos, mas há grandes chances de as marcas apostarem em conjuntos híbridos. O lançamento do dois carros deve acontecer por volta de 2018. Com 14 anos de carreira, o Z4 teve duas gerações e colecionou uma legião de fãs por todo o mundo. Com sua saída de linha, seu principal rival, o Mercedes-Benz SLC, deve seguir sem nenhum rival e livre da concorrência da BMW.

Aston Martin DB9
A Aston Martin deu adeus para o DB9. O superesportivo britânico deixou de ser produzido depois de 13 anos no mercado. A empresa do Reino Unido disse que a Aston produziu na semana passada a última unidade do DB9 na fábrica de Gaydon. As últimas nove unidades do DB9 foram concluídos pelo departamento de personalização Q da fabricante. “Adeus a um ícone. Agora, os últimos nove Aston Martin DB9 estão prontos para a inspeção final”, disse a Aston Martin na divulgação das imagens dos nove exemplares em suas redes sociais. O DB9 foi desenhado pelo designer Henrik Fisker e tinha plataforma de alumínio, a mesma usada por Vanquish e Rapide. O motor era o 6.0 V12 que desenvolve 517cv de potência com um torque de 63,2kgfm, acoplado a um câmbio automático de 6 velocidades e com tração traseira. Com esse conjunto o DB9 acelera de 0 a 100km/h em 4,6 segundos e atinge a velocidade máxima de 295km/h. O substituto natural do DB9 será o DB11, apresentado no Salão do Automóvel de Genebra deste ano. O motor do substituto é um 5.2 V12 biturbo que desenvolve 608cv de potência com torque de 71,4kgfm, acoplado a um câmbio automático de 8 velocidades, que acelera de 0 a 100km/h em 3,9 segundos e chega a velocidade máxima de 322km/h.


Honda Civic Si
Lançado em 2014, o Civic Si parece não ter agradado muito os consumidores. Isso porque a marca deixou de importar o coupé esportivo no mercado brasileiro. Com a chegada da nova geração do Civic, o Civic Si deixa de ser oferecido no Brasil e há poucas unidades em estoque. Além disso, não é possível mais importar o coupé no mercado brasileiro. Importado do Canadá, o Si conta com o motor 2.4  de 206cv, acoplado ao câmbio manual de seis marchas, que funciona com tração dianteira, com torque que subiu de 19,2 mkgf do antigo Civic Si para 24mkgf a 4.400 rpm. Segundo a Honda, o Si vai de 0 à 100km/h em 8,1 segundos e atinge a velocidade máxima de 250km/h. O novo Si conta com novidades como a suspensão que consegue aliar boa estabilidade com mais conforto, como faz parte do gosto dos americanos e é composta por uma barra estabilizadora 2 milímetros mais larga que as demais versões do Civic e molas com espirais de 21mm. Entre os itens de série, o Honda Civic Si conta com com seis airbags, controles eletrônicos, sistema multimídia, entradas auxiliares e HDMI e câmera com ré com três ângulos de visão, rodas de aro 18" polegadas diamantadas e a central de entretenimento multimídia que possui tela sensível ao toque (touch screen), interface intuitiva e com som bem refinado. Saudosistas esperavam ansiosos a volta do Civic Si ao mercado brasileiro para combater com o Volkswagen Golf GTI, o maior rival na antiga geração, quando ainda era um sedã. Mas o preço quando comparado ao VW e o motor parecem não ter agradado o consumidor e é raro ver um Civic Si rodando nas ruas. Para piorar, o Honda recebeu competitividade do Subaru WRX, lançado esse ano que conta com mais potência, porém é mais caro. Algumas unidades podem ser encontradas com R$124.900.

MINI Paceman
Tentativa da MINI de roubar clientes do Land Rover Range Rover Evoque Coupé, o Paceman não conseguiu sequer ter o mesmo desempenho comercial que o Countryman obteve. Produzido em Graz, na Áustria, ele deve abrir espaço para a nova geração do BMW Série 5, a ser produzida por lá em 2017. Além disso a marca confirma que diferente do Countryman, o Paceman não deve receber uma segunda geração. Lançado em 2012, o utilitário era uma grande aposta da marca. Afinal, um SUV com pegada esportiva e estilo cupê como Evoque Coupé, não deveria dar errado. No entanto, o Paceman não transmitia a mesma sensação do concorrente e mais parecia um hatch de porte médio do que verdadeiramente um SUV, onde até mesmo chegou a ser comparado com um Cooper anabolizado. No Brasil ele foi lançado em 2013 com preço inicial de R$139.950 e era oferecido em duas versões: a S e a S ALL4, de tração integral, que custava R$149.950. O seu motor era o 1.6 Turbo que desenvolvia 184cv de potência e torque de 24,5kgfm, sempre acoplado a um câmbio automático sequencial de 6 velocidades. Entre os itens de série era equipado com rodas aro 17 com pneus 205/55, freios ABS, controle de estabilidade, seis airbags, faróis de xênon e bluetooth, ar-condicionado digital, teto solar panorâmico com acionamento elétrico, som de alta fidelidade fabricado pela Harman Kardon, sistema multimídia com GPS, faróis bi-xenon e o sistema de conectividade MINI Connect, que permite parear um iPhone e explorar todas as funções do smartphone, além de oferecer suporte à diversos aplicativos vendidos nas lojas virtuais. Não chegou a emplacar 1.000 unidades nos três anos de mercado.


O adeus ou o até logo da Geely?
A Geely deixou o Brasil. A marca chinesa, dona da Volvo, chegou ao Brasil em Janeiro de 2014 prometendo muitas coisas, entre elas, ser a líder entre as chinesas. Prometeu a chegada de outros automóveis ao país, como o SUV EX7, o câmbio automático CVT do EC7 e o EC7 Hatch, que seriam lançados em 2015 e teriam sido prorrogados para 2016. Com pouco mais de dois anos de atuação no país, a marca se despede dos consumidores brasileiros por conta da alta do dólar e da consequente dificuldade de manter as operações. Soma-se a isso a situação do mercado, que afetou muito o desempenho da marca, que chegou no Brasil no início da crise. Dona da Volvo, a Geely oferecia o sedã EC7 por R$49.990 e o hatch GC2 por R$29.990, ambos bem completos e com design de personalidade. Ambos eram importados do Uruguai, onde eram montados em regime de CDK com peças importadas da China. Ao todo a marca emplacou no país 1.019 unidades, cifra muito aquém da meta inicial que previa a comercialização de 3.500 carros em dois anos. Em entrevista ao site UOL Carros, a Geely do Brasil confirmou a informação e disse que a decisão acontece em acordo com a matriz chinesa. Segundo a empresa, a saída é temporária e foi adotada por conta da dificuldade em se atuar no mercado com a alta do dólar. O grupo garante que "trabalha com prioridade" para retornar o mais breve possível. Segundo a Geely, as atividades da Geely Motors (garantia, serviços, revisões e fornecimentos de peças) estão sendo realizadas no Brasil normalmente e assim seguirão.




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